acma1953

 
registro: 03/01/2011
I miss you,I'm gonna need you more and more each day I miss you, more than words can say More than words can ever say
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Último jogo

Cartas...

Assim soubesses tu compreender o teu dever de seres meramente o sonho de um sonhador. Seres apenas o turbulento da catedral dos devaneios. Talhares os teus gestos como sonhos, para que fossem apenas janelas abertas para paisagens novas da tua alma. De tal modo arquitectar o teu corpo em arremedos de sonho que não fora possível ver-te sem pensar noutra coisa, que lembrasses tudo menos tu própria, que ver-te fora ouvir música e atravessar, sonâmbulo, grandes paisagens de lagos mortos, vagas florestas silenciosas perdidas ao fundo de outras épocas, onde invisíveis pares diversos vivem sentimentos que não temos.

Eu não te quereria para nada senão para te não ter. Queria que, sonhando eu e se tu aparecesses, eu pudesse imaginar-me ainda sonhando — nem te vendo talvez, mas talvez reparando que o luar enchera de amor os lagos mortos e que ecos de canções ondeavam subitamente na grande floresta inexplícita, perdida em épocas impossíveis. 

A visão de ti seria o leito onde a minha alma adormecesse, criança doente, para sonhar outra vez com outro céu. Falares? Sim, mas que ouvir-te fosse não te ouvir mas ver grandes pontes ao luar ligar as duas margens escuras do rio que vai ter ao ancião mar onde as caravelas são nossas para sempre. 

Sorrias? Eu não sabia disso, mas nos meus céus interiores andavam as estrelas. Olhavas-me dormindo. Eu não reparava nisso mas no barco longínquo cuja vela de sonho ia sob o luar, passava longínquas marinhas.

Há um vago número de muitos meses que me vê olhá-la, olhá-la constantemente, sempre com o mesmo olhar incerto e solícito. Eu sei que tem reparado nisso. E como tem reparado, deve ter achado estranho que esse olhar, não sendo propriamente tímido, nunca esboçasse uma significação. Sempre atento, vago e o mesmo, como que contente de ser só a tristeza disso... Mais nada... E dentro do seu pensar nisso — seja o sentimento qual seja com que tem pensado em mim — deve ter perscrutado as minhas possíveis intenções 

Deve ter explicado a si própria, sem se satisfazer, que eu sou ou um 
tímido especial e original, ou uma qualquer espécie de qualquer coisa aparentada com o ser louco.

Eu não sou, minha Senhora, perante o facto de olhá-la, nem estritamente um tímido, nem assentemente um louco. Sou outra coisa, primeira e diversa, como, sem esperança de que me creia, lhe vou expor. Quantas vezes eu segredava ao seu ser sonhado: Faça o seu dever de ânfora inútil, cumpra o seu mister de mera taça.

Com que saudade da ideia que quis forjar-me de si eu percebi um dia que era casada! O dia em que percebi isso foi trágico na minha vida. Não tive ciúmes do seu marido. Nunca pensei se acaso o tinha. Tive simplesmente saudades da minha ideia de si. Se eu um dia soubesse este absurdo — que uma mulher num quadro — sim essa — era casada, a mesma seria a minha dor.

Possuí-la? Eu não sei como isso se faz. E mesmo que tivesse sobre mim a mancha humana de sabê-lo, que infame eu não seria para mim próprio, que insultador agente da minha própria grandeza, ao pensar sequer em nivelar-me com o seu marido!

Possuí-la? Um dia que acaso passe sozinha numa rua escura, um assaltante pode subjugá-la e possuí-la, pode fecundá-la até e deixar atrás de si esse rasto uterino. Se possuí-la é possuir-lhe o corpo, que valor há nisso?

Que não lhe possui a alma?... Como é que se possui uma alma? E pode haver um hábil e amoroso que consiga possuir-lhe essa «alma» □? Que seja o seu marido esse... Queria que eu descesse ao nível dele?

Quantas horas tenho passado em convívio secreto com a ideia de si! Temo-nos amado tanto, dentro dos meus sonhos! Mas mesmo aí, eu lho juro, nunca me sonhei possuindo-a. Sou um delicado e um casto mesmo nos meus sonhos. Respeito até a ideia de uma mulher bela.

Eu não saberia nunca como ajeitar a minha alma a levar o meu corpo a possuir o seu. Dentro de mim, mesmo ao pensar nisso tropeço em obstáculos que não vejo, enredo-me em teias que não sei o que são. Que muito mais me não aconteceria se eu quisesse possuí-la realmente?

Que eu — repito-lho — era incapaz de o tentar fazer. Nem sequer me ajeito a sonhar-me fazendo-o.

São estas, minha Senhora, as palavras que tenho a escrever à margem da significação do seu olhar involuntariamente interrogativo. É neste livro que, primeiro, lerá esta carta para si. Se não souber que é para si, resignar-me-ei a que assim seja. Escrevo mais para me entreter do que para lhe dizer qualquer coisa. Só as cartas comerciais são dirigidas. Todas as outras devem, pelo menos para o homem superior, ser apenas dele para si próprio.

Nada mais tenho a dizer-lhe. Creia que a admiro tanto quanto posso. Ser-me-ia agradável que pensasse em mim às vezes.


De Fernando Pessoa, livro do Desassossego


https://www.youtube.com/watch?v=utyJRxXuaB0

https://www.youtube.com/watch?v=LBHoqUzeCHo


Tuas mãos... meu amor

Amo sentir as tuas carícias suaves na minha pele, fechar os olhos e entregar-me sob seu bailado. Um dia vieram à minha mente as razões pelas quais na sua sabedoria milenar, as populações asiáticas escolheram divindades femininas por terem seis mãos ...

Muitas expressões vêm aos meus pensamentos durante esses momentos:

"Estar em boas mãos" ... "Ter o coração na mão" ... “Ter o poder nas mãos " ... "Ter uma mão de sorte" ...

Outras expressões como "pedir a mão de alguém", terá algo a ver com as carícias que que elas propiciam?

Elas conhecem todos os segredos do meu corpo e cada centímetro da minha pele ... A cada reencontro é um prazer infinito senti-las deslizando suavemente sobre mim. Nesses instantes tenho apenas um desejo, entregar-me para permitir que façam ainda melhor.

Amo fechar os olhos para melhor desfrutar das suas carícias sensuais ...

As tuas mãos são o espelho da pessoa que és, meu amor.

Doces, elas sabem exatamente onde querem ir.

Elas, como a ti só posso sonhar em entregar-me totalmente.

Confio em ti… confio nas tuas mãos.

Amo o seu calor na minha pele, amo a emoção e as sensações que elas me provocam, amo esses momentos privilegiados onde o tempo parece parar, um pouco como se tivessem o poder de me transportar para outro planeta.

Então, desejava tê-las eternamente e aprisioná-las …. entre as minhas mãos.

https://www.youtube.com/watch?v=ly-Gzbd1eI0

https://www.youtube.com/watch?v=J7S_AhKtxQY

 


Amar-te não é crime

O amor não é um crime. O amor quando transporta o teu nome, quando tem o teu olhar, a tua doçura e o teu coração…

O amor não é um crime quando o partilhamos, quando é o nosso desejo, nossa vontade e felicidade….

O amor não é um crime nos teus braços, na tua voz, na tua alma, na tua arte, nas tuas mãos no teu brilho de noites de lua cheia….

O amor não é um crime nosso paraíso, no nosso leito de prazer nos nossos devaneios únicos, porque só nossos…..

O amor não é um crime, do mais profundo das nossas rimas e poesias tatuarei alianças nos nossos dedos que nem o mundo as apagará…. anéis que não sairão dos dedos, que nunca nos abandonarão….. depois, sobre todos os telhados do mundo gravarei todo o meu amor por ti…. para sempre  

O amor não é um crime…. amar-te é um privilégio.

https://www.youtube.com/watch?v=7LkIaJFqRqw

https://www.youtube.com/watch?v=RJpqQt5eaYE



Uma noite de amor.....

Uma noite de amor,

Esta manhã despertei tranquilo e sereno após uma noite de amor e de carinhos. O doce calor desta noite corre ainda quente nas minhas veias e relembram-me os momentos de ternura vividos.

Sinto o teu perfume subtil e envolvente, o meu corpo está impregnado desse elixir. Um sentimento inebriante e turbulento… tenho ainda em mim o teu doce desejo.

Estás deitada ao meu lado. Dormes ainda, amo olhar teu corpo.

Abraço-te ternamente até acordares…. fiquemos para sempre assim, abraçados.

Os nossos gestos exprimem-se com doçura, dois corações unidos que rimam com felicidade. Prazer, desejo…. mais meu amor, mais uma noite de amor até ao romper da aurora.  

https://www.youtube.com/watch?v=5t_m8JD2tTU

https://www.youtube.com/watch?v=bTZYZsAdZFc

 



I miss you.... demais

Sinto a tua falta

As horas passam, os dias desfilam e até a distância se instalou. A distância, sim aquela que não quero que nos separe, nem aquela que poderia impedir de cruzarmos olhares umas vezes tão efervescentes e outras tão atormentados, de aproximarmos as bocas que, fechadas contam  prazeres e desejos, de ouvirmos risos que tanto nos alegram .

Esse distanciamento recuso. A distância actual é outra, pode ser dolorosa causada por ambos, sem uma despedida.

Neste espaço de tempo que nos separa aprendi.

Do desejo que me atrai tão forte na tua direcção.

Tenho medo.

Resisto. Com vigor.

Esperançado que um dia os fantasmas tenham perdido as correntes…. e sem amarras atravessem um oceano imenso.

Depois, a raiva num primeiro momento preencheu o espaço vazio.

Hoje, fazes-me falta. 

https://www.youtube.com/watch?v=jYNq9aJYKxU

https://www.youtube.com/watch?v=OgRF8lX--KY