É como se nas redes algumas pessoas se permitissem não mais usar o banheiro para suas necessidades, apenas se aliviam como e onde bem querem.
Sem dúvida, alguma lentidão ou falta de punição colabora para o ser humano mostrar esse seu lado perigoso, imensamente imaturo e desestruturado.
O que vemos frequentemente é como a intolerância se manifesta em uma magnitude relevante.
As pessoas deixam de usar seus filtros básicos de estrutura na vida e controle de impulsos a apenas agem e reagem. As pessoas falam suas verdades independente se alguém vai ouvir e tampouco se vai ofender o outro. Falam porque fantasiam que seus conteúdos internos são tão relevantes que precisam exibir para o mundo e sentem muito prazer em não ter limite ou filtro em suas falas.
Gestos e falas agressivas costumam ganhar imenso público.
A sociedade sempre adorou e sentiu prazer em assistir o outro sofrer (praças com pessoas enforcadas, mulheres acusadas de bruxaria sendo queimadas, apedrejamento em praças públicas).
Sempre houve muita plateia que delira e sente muita satisfação com o outro sendo atacado.
Logo, quem ataca nas redes sociais não faz isso sozinho, faz porque se identifica com outros perversos pelo mundo que sentem muito prazer em menosprezar, agredir e humilhar outras pessoas.
A perversidade humana está escancarada nas redes sociais, mesmo que tantas vezes venha disfarçada com valores morais.
A falta de filtro, de limite, de controle emocional e empatia é um grande sintoma da imensa imaturidade de ego e incapacidade ou adoecimento emocional dessas pessoas.
A internet tem sido um grande termômetro para nos mostrar a consequência assustadora que a falta de manejo e cuidado, a falta de afeto ou excesso dele, a falta de limite ou excesso de limite, a falta de preocupação com o emocional nas formações das pessoas. Tudo isso causa sérios adoecimentos psíquicos e atinge toda sociedade.