A liberdade não existe sem o desapego, e o desapego não é a ausência de amor.Ciúme, medo, culpa, raiva, complexos…. Até que ponto tudo isto pode contaminar o amor? Falamos destes amores que impõem condições, pelos quais esperamos, pelos quais ficamos de lado com a esperança de que, um dia, nos deem o que precisamos.Mas nesta vida há poucas coisas que nos pegam de surpresa. Somos capazes de prever rapidamente que o que tanto desejamos nunca chegará as nossas mãos por um amor que nos faz esperar.Então, chegam as sombras, as 7 pragas, a tristeza, o cansaço e a decepção. E quando a mais absoluta desolação passa a reinar, ela nos impede de seguir em frente e faz com que nós nos abandonemos, que nos esqueçamos do amor próprio.
As pessoas sempre pensam que o que é mais doloroso é perder alguém que se ama, mas a verdade é que você perde a si mesmo no processo de amar demais alguém, esquecendo-se de quem você é, e isto é muito pior.Quando já demos tudo por um amor que não fez por merecer, começamos a nos amar.Esse orgulho ferido nos faz tocar as centelhas de nosso amor interior. Questionamos no que falhamos, consideramos novas possibilidades de como podemos nos sentir melhor e de como vamos seguir em frente. Ou seja, o amor próprio entra pela cabeça, não pelo coração.A tristeza e o sentimento de vazio que surgem quando deixamos ir o que não nos faz bem é apenas um reflexo do anseio do que poderia ser e não foi, o que queríamos que ocorresse e não ocorreu.Se você deixar, sem temer, que a tristeza entre, ela irá levá-lo à liberação definitiva, à independência, à vida sem resistência, sem ciúme, sem censura e sem as culpas que o contaminam.Então, se nós subirmos no barco do amor contaminado, o melhor é buscar algo que irá nos ajudar a flutuar em nosso interior. Porque, acima de tudo, a nossa vida não é vivida com ninguém mais além de nós mesmos.
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