Mais uma vez se tapa o sol com a peneira em educação
De que planeta faz parte o Brasil, senhores?
Nos últimos dias, venho acompanhando, mais uma vez, declarações acerca dos "ciclos" que me fazem pensar que vivo, de fato, cercada, nesse país, por extraterrestres.
Preciso e devo, como especialista na área da avaliação, posicionar-me a respeito de questões que considero gravíssimas em termos da qualidade do ensino no país.
Para ser breve e contundente, embora com grande receio dos enormes equívocos que sempre permeiam essa discussão, pautarei minhas considerações em três máximas:
Mais uma vez se tapa o sol com a peneira em educação!
Mais uma vez seguimos na contramão do progresso!
Mais uma vez priorizamos o que é menos prioritário!
Em primeiro lugar, os alunos não estão com problemas de aprendizagem porque a escola é ciclada ou seriada, porque se atribuem ou não notas, porque se fazem ou não provas.
Reprovar os alunos no ensino fundamental só serve para "disfarçar" a verdade, tapando o sol com uma peneira de grandes furos.
É, no mínimo, cruel e antiético propor que tal sistema excludente continue.
Os alunos estão com problemas porque não estão sendo alfabetizados.
A escola tradicional fugia do problema, retendo-os pela reprovação nas classes de alfabetização por anos e anos.
Se aqueles que sobreviviam a isso aprendiam, era por teimosia, pela repetição da primeira série por anos e anos, pela ajuda dos pais.
Hoje, porque seguem adiante, o ensino precário aparece, transparece.
A sociedade se assusta.
Continuam as crianças a não aprender como todas poderiam, se tivessem oportunidades reais de aprendizagem.
Não aprendem porque não há, de fato, um acompanhamento permanente do seu aprendizado (isto é, não acontece a avaliação contínua que a lei determina), porque não se formam professores alfabetizadores competentes em cursos de magistério e de graduação, porque há muitos alunos em cada sala de aula, porque não existem recursos didáticos (livros e materiais pedagógicos) necessários para o ensino, porque as crianças não têm nenhum apoio das famílias (quando as têm), porque os professores não têm tempo e espaço nas escolas para formação continuada, porque são mal remunerados, porque fazem longas jornadas de trabalho, sem tempo de preparar-se para essa realidade e de preparar suas aulas.
Não é mudando o sistema de promoção que se resolve tudo isso. Isso é um absurdo!
Em segundo lugar, continuamos na contramão do progresso em educação.
O sistema de ciclos não se iniciou em Porto Alegre, em São Paulo, em qualquer outra cidade brasileira.
Os países desenvolvidos, como França, Itália, Alemanha, Suíça, Portugal, há muitos anos baseiam-se no princípio de não reprovar na educação básica, adotando sistemas denominados de progressão/promoção automática, de regimes não seriados, de ciclos, com base em pesquisas sérias, em consistentes fundamentos teóricos.
Muitos estudos comprovam, há décadas, que as crianças não aprendem mais ou melhor quando repetem o ano letivo.
Pelo contrário, as consequências são altamente desastrosas em termos de sua continuidade nos estudos, de sua autoestima.
É também ironia dizer que escolas particulares reprovam e, por isso, têm um ensino de qualidade.
Os índices de reprovação das escolas particulares são baixíssimos nos ensinos fundamental e médio, praticamente nulos, porque o acompanhamento dos alunos com dificuldades é intensificado em termos pedagógicos, compartilhado com as famílias e especialistas de todas as áreas.
Faz-se de tudo para que o aluno aprenda e não seja reprovado!
A mesma coisa não acontece nas escolas públicas, e de nada adianta denunciar, denunciar e denunciar o problema sem resolvê-lo.
Com sistemas de avaliação, tal como o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), vem ocorrendo isto: denuncia-se que os alunos não aprendem o que poderiam, mas não se discute "qualidade da aprendizagem", nem são desenvolvidos programas que visem à melhoria. Repetem-se estratégias de denúncia que não levam a nada.
Os resultados continuam os mesmos por anos e anos.
Em terceiro lugar, invertemos, perigosamente, os critérios de exigência em avaliação educacional.
Nosso país é mesmo de extraterrestres.
Qualidade do ensino nos países desenvolvidos significa educação básica para todas as crianças, com acesso pleno (acesso à escola, continuidade dos estudos sem reprovações e acesso à aprendizagem de qualidade).
Significa acolher, incluir, respeitar os diferentes ritmos e interesses dos alunos, formá-los para a vida, por meio uma ação educativa que garanta, mais do que tudo, a sua permanência na escola ao longo de vários anos (oito anos em média) - por um espaço de tempo longo que contribua para que se desenvolvam e adquiram uma formação básica (daí a expressão "educação básica").
Por que não reprovar?
Por que é preciso confiar, acreditar na capacidade de todas as crianças, criando-lhes oportunidades de acesso à cultura e ao mundo letrado que a vida fora da escola não lhes oferece pelas carências socioculturais?
Assim, elas precisam ser acolhidas e compreendidas em suas diferenças, atendidas por profissionais da educação, que devem, sobretudo, promover um ambiente espontâneo e feliz de aprendizagem.
Não podem encontrar obstáculos e pressões mal tendo ingressado na escola.
A alfabetização é muito importante, sim, mas precisa ser valorizada dentro de um contexto mais amplo de educação.
Crianças que nunca tiveram um livro de histórias na mão não podem recuperar esse tempo perdido contando-se os dias do calendário escolar, ou tendo de seguir o "ritmo" que burocratas impõem.
Elas precisam, sim, desse tempo precioso que é seu de direito - o tempo de escolarização da escola básica.
Elas precisam de um ambiente livre das pressões da "vida lá fora", atendidas e orientadas para que possam, pelo menos, vislumbrar e acreditar numa outra vida que não a do tráfico, da violência, da miséria.
Baseando-se nesses princípios éticos, países que respeitam suas crianças acabaram com o analfabetismo e constituíram sociedades cultas e letradas.
Não é esse o conceito de qualidade que ronda por aí, na palavra de governantes e de toda a sociedade.
Defende-se a reprovação/exclusão nos ensinos fundamental e médio, principalmente, de alunos das escolas públicas.
Limita-se, pela vergonhosa e restrita oferta de vagas, o acesso deles à universidade pública através dos vestibulares, episódios elitistas que servem muito bem a uma sociedade capitalista.
Entretanto, no interior das universidades, o sistema de avaliação é cada vez mais frouxo, permissivo, medíocre.
Se é difícil para um estudante entrar na universidade, por ter de galgar o portal do vestibular (que não mede competências específicas para curso nenhum), mais difícil é não sair de uma universidade com certificado de conclusão, pois pouco ou nada se exige dele em termos de leitura, de pesquisa, de aprendizagem na grande maioria dos cursos.
A universidade é o baluarte da educação do país, do avanço científico, da literatura, da cultura.
É preciso formar pesquisadores, leitores, escritores, cientistas. E isso exige rigor, academicismo, horas de aula, de biblioteca, de pesquisa.
Onde estão esses universitários?
Como serão os futuros profissionais e professores formados por essa universidade, onde não se lê, não se escreve, nem mesmo se faz uma prova séria de conhecimento?
Alardeia-se a "frouxidão" da avaliação na educação básica, mas ninguém fala sobre a mediocridade da avaliação no ensino superior.
Há cursos universitários que até reprovam demais, é certo, como cursos de engenharia, medicina, farmácia, arquitetura... Mas, muitas vezes, isso ocorre porque os alunos não têm até mesmo quem os ensine de verdade, porque os professores não têm nenhuma formação pedagógica. "Recitam" ensinamentos por muitas e muitas horas e, depois, fazem provas que reprovam, atribuem notas sem nem mesmo explicar por quê. E ainda chamam isso de sistema de avaliação exigente.
Nossos parâmetros de qualidade, quando se fala em avaliação, estão de cabeça para baixo.
Dá-se atenção máxima à ponta do ceberg - o sistema burocrático de seriação - enquanto a "montanha de gelo" por baixo das águas afunda o navio.
A base do iceberg, senhores, o que dá fundamento ao sistema de avaliação, em educação, são os valores culturais e éticos da sociedade, são as concepções de escola, são as teorias de aprendizagem, a destinação de recursos humanos e materiais para as escolas.
É nisso que estamos falhando.
Enquanto os países desenvolvidos ampliam o acesso universal e garantem a máxima aprendizagem de suas crianças e jovens na escola, preocupando-se, principalmente, com melhoria da qualificação docente e com as questões pedagógicas, em nosso país, políticos vão aos jornais, ao rádio, à TV para defender políticas burocráticas excludentes e ultrapassadas, sem sequer olhar para as profundezas do mar revolto.
Diz Pedro Demo, renomado educador de nosso tempo, que avaliar é, sobretudo, cuidar que o aluno aprenda. E acrescento: quem gosta cuida, protege, acompanha a criança em seu crescimento, mantendo-a pertinho de si, com "rigorosidade amorosa" - como sempre repetiu Paulo Freire.
Essa é a concepção de avaliação que eu defendo!
Leia também Aprovação: uma política educacional?Publicado em 31 de dezembro de 2005
Jussara Hoffmann
Fonte : https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/2/1/mais-uma-vez-se-tapa-o-sol-com-a-peneira-em-educaccedilatildeo
Escola que não reprova...não ensina !
Skoma
https://youtu.be/Y82H_pgqKdY?si=hEZCn-E9u9bRK6Sv
O que (realmente ) vc quer de mim ?
Uma das piores, talvez a maior das aflições que alguém pode sentir é sonhar estar ficando cego e surdo, inarticulado, e o pavor o leva a desesperadamente querer se localizar, abrir os olhos para dali fugir, voltar a fazer parte do mundo, da vida que vivia, mas não consegue, seus olhos já estão abertos, abertos para o nada; dele esqueceram completamente, raciocinar não pode mais, anseia desesperadamente acordar para não morrer dentro daquela caixa onde agora só ele se encontra, escurecida e estreitando-se cada vez mais.
Horrível, horrível.
E a passagem se dá, ele se ergue na cama a debater-se, puxa ansiosamente o ar, tem a certeza de estar agora desperto, a cabeça ele vira de um lado pro outro, procurando, perguntando-se se realmente despertou de verdade e para onde.
Espera, seu coração ainda em descompasso palpita com força na espera de um algo qualquer, um qualquer alguém finalmente a ele se achegar.
Mas continua não vendo nem sentindo a presença de ninguém.
Aí, meu...
Vida , já estou muito satisfeito
Me diz aí ?
"Minha vida está em suas mãos "
E
O seu amor é tudo o que preciso ...
Sei que me quer...
Vim aqui
p r o c u r a r - t e ,
pode ser que
por acaso passes aqui
e que por magia
também procures
por mim!
Sei que estás aí
a sorrir para mim
e com uma vontade
incontrolável
de me fazer sorrir
para ti!?
Não, não adormeças já,
tenho um abraço
e um beijo a dançar
nos meus lábios,
para te dar
e tantas palavras
a nascer no meu coração.
Promete-me que uma noite
me deixas adormecer
ao teu lado enquanto
te sussurro um poema,
acabado de nascer.
Sonho que uma noite
me chamas e vou ficar
a olhar-te nos olhos
e a mostrar-te como
me fazes sentir.
Uma noite qualquer,
hoje não te consigo
escrever mais nada!
Grandes inspirações
Bom dia
ALMA, não gosto muito de usar essa palavra quando escrevo porque ela geralmente nos remete a parvoices religiosas.
Quando desejo me estender sobre a origem de algumas variáveis inspirações motivacionais de um indivíduo, prefiro usar as palavras ANIMA ou ESSÊNCIA, a essência fundamental de cada ser.
E por falar na essência ...
Toda vez que vc chega eu definitivamente não consigo dizer NÃO ,,,
Yeppppppppppppppppppp !
Amizades e paixão
Fazer amizades não é como apaixonar-se.
Paixão quase nunca termina sem um grande estresse, sem revolta, sem mágoas.
Amizade é mais simples, parece mais simples, e no entanto...
Amizade verdadeira mesmo, sem fofocas, sem traições, franca e sincera e para sempre...
Sei não, acho que não existe.
O mundo gira e as baianas rodam suas saias, as coisas não permanecem de frente para nós por todo o tempo, podemos esperar que frequentemente, quem sabe um dia outro não, poderão indiferentemente nos virar as costas.
Eu queria ter um milhão de amigos, milhares, centenas, dezenas...
tá bom, um só cem por cento confiável já estaria ótimo, mas os interesses particulares, óbvio, sempre acabam por ocupar os primeiros lugares.
Conforme dizem, pelo menos nossos pets nunca deixarão de nos amar e prestigiar, mas acabei de descobrir que isso também não é certeza absoluta: meu gato há uns três dias não o via e hoje pela manhã descubro que, aparentemente, se mudou de mala e cuia para o solar amarelo que construíram ao lado do prédio onde moro.
Estava ele passeando todo serelepe e feliz sobre os muros altos, chamei-o mas nem me deu confiança.
Tem fêmeas lá, e a comida que estão lhe dando deve estar de melhor acordo com seu paladar.
FDP.
Não vou força-lo, vou esperar ele resolver voltar.
Ele pode estar só dando um tempo.
Sem palavras.
Saudade de matar saudade…
https://youtu.be/BncrN77wwX4?si=-9b8NbeVAUf21pvA
Me apaixonei pelo que eu inventei de você
Exagerado sim
Sou mais você que eu
Sobrevivo de olhares
E alguns abraços que me deu
E o que vai ser de mim
E meu assunto que não muda
Minha cabeça não ajuda, loucura, tortura
E que se dane a minha postura
Se eu mudei você não viu
Eu só queria ter você por perto
Mas você sumiu
É tipo um vício que não tem mais cura
E agora de quem é a culpa?
A culpa é sua por ter esse sorriso
Ou a culpa é minha por me apaixonar por ele
Só isso
Não finja que eu não tô falando com você
Eu tô parado no meio da rua
Eu tô entrando no meio dos carros
Sem você a vida não continua
Não finja que eu não tô falando com você
Ninguém entende o que eu tô passando
Quem é você? Que eu não conheço mais
Me apaixonei pelo que eu inventei de você
O poder do amor..............
Nunca subestime o poder do amor ao próximo. Em um mundo em que muitas vezes a indiferença prevalece, você pode ser a diferença. Um simples ato de gentileza, um ouvido atento para escutar, ou um gesto de solidariedade podem iluminar o dia de alguém. Seja a pessoa que estende a mão, que compartilha amor e empatia. Lembre-se de que somos todos parte da mesma humanidade e juntos podemos criar um mundo mais acolhedor e compassivo.